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19.7.09

Delírios


Saber o que eu sei não é o bastante, mas eu sei que me sinto plenamente viva para escrever algo que alguém possa ler. Não tenho objetivos, são apostas que terei de alcançar, são promessas inevitáveis, eu juro meu amor, ela nunca gostaria de ouvir o que ouviu. Se aquela narrativa não fosse boa o bastante, ela não teria molhado os seus olhos de lágrimas, não sei se vão servir de juízo, algo de bom e ruim irá servir. Ela se olhou no espelho, fingiu estar bem, tirando sua maquiagem, sentiu um aperto, lembrou-se do apreço imenso, ó o apreço que ela diz ter, sim, ela diz ter, só ela diz, pode não parecer, mas parece ser significativo aos meus olhos. Um tanto reprimida, de humor escondido e misterioso, ela segue seus passos, como areia do mar, qual mar? Aquele que ela mais gosta de se banhar, lavar os pés, da alma acima e se esquecer que estava na frente do espelho e chorou por uma alma que jamais será esquecida.

Thamyres Costa.