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28.5.11

Carlos Drummond de Andrade, Science Fiction (1969)

O marciano encontrou-me na rua e teve medo de minha impossibilidade humana. 
Como pode existir, pensou consigo, um ser que no existir põe tamanha anulação de existência? 
Afastou-se o marciano, e persegui-o. Precisava dele como de um testemunho. 
Mas, recusando o colóquio, desintegrou-se no ar constelado de problemas. 
E fiquei só em mim, de mim ausente.
 
Carlos Drummond de Andrade, Science Fiction (1969)

A vida humanizada. Eu havia humanizado demais a vida.