O marciano encontrou-me na rua e teve medo de minha impossibilidade humana.
Como pode existir, pensou consigo, um ser que no existir põe tamanha anulação de existência?
Afastou-se o marciano, e persegui-o. Precisava dele como de um testemunho.
Mas, recusando o colóquio, desintegrou-se no ar constelado de problemas.
E fiquei só em mim, de mim ausente.
Carlos Drummond de Andrade, Science Fiction (1969)
A vida humanizada. Eu havia humanizado demais a vida.